As atividades de prevenção desenvolvidas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) foram apresentadas em mesa-redonda, parte do workshop Soprar Salvador 2018, realizado nesta sexta-feira (28/09), no Hotel Wish, que abordou o tema "Poluição do Ar e Saúde - Inovação em busca de uma Salvador Resiliente". O evento, que envolveu mobilização intersetorial com o apoio da Prefeitura de Salvador, teve como meta apresentar ações de prevenção e mitigação do impacto da poluição do ar na saúde.

O diretor geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, entre outros temas, destacou o caráter positivo das ações preventivas do órgão, ao longo da Operação Chuva 2018. “Apesar de ter chovido 50% mais nos meses de abril a junho deste ano do que em igual período do ano anterior, registramos significativa redução de problemas nas áreas de risco da capital”, disse. Entre as medidas bem-sucedidas, que contribuíram para a redução nas ocorrências, o diretor destacou a implantação de 115 geomantas em encostas, sendo que mais 25 estão em andamento, além da maior cobertura na colocação de lona, “uma solução simples mais bastante eficaz para reduzir o risco”.

Inteiramente reestruturada em 2016, por decisão do prefeito ACM, a Codesal passou a adotar a prevenção como principal foco de suas atividades, explicou Sosthenes. "Passamos a capacitar mais líderes comunitários para que possam atuar de forma proativa nos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), programa da Codesal destinado estimular o protagonismo de lideranças em momentos críticos dos períodos chuvosos".

Da mesma forma o Programa Defesa Civil nas Escolas (PDCE), da Codesal, procura ensinar aos jovens da rede municipal de ensino a responsabilidade ambiental e a percepção de risco, de modo a evitar, por exemplo, o descarte de lixo e água servida em encostas. “Nosso objetivo é construir valores preventivos e ter essas comunidades como parceiras nas ações da Defesa Civil", acrescentou Sosthenes. 

CIDADES RESILIENTES

Também participando da mesa redonda, a diretora de resiliência de Salvador da Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação, Adriana Campelo, falou sobre a resiliência urbana, afirmando que Salvador está em fase de construção da estratégia de resiliência "No momento estamos trabalhando em todos os diagnósticos e pesquisas existentes para coletar o maior número de informações. Foram feitos diversos workshops setoriais na cidade que permeiam o tema resiliência, estamos agora coletando as percepções para compreender melhor como atuar em nosso contexto", disse.

Salvador foi a única cidade brasileira, entre as 37 novas cidades-membros, escolhida, em abril de 2017, para ingressar na rede 100 Cidades Resilientes (100RC). A rede conta com o apoio da Fundação Rockefeller e tem como meta mapear os desafios das cidades e criar estratégias para solucioná-las.

Pedro Ribeiro, da ONG C40, por sua vez, afirmou que as cidades, como motores de crescimento e inovação, têm o poder de fazer a diferença nas mudanças de paradigmas do controle de poluição atmosférica, citando que "apenas 500 cidades do mundo são responsáveis por 60% do crescimento global". Ele acrescentou que 96 cidades estão envolvidas em metas para o controle de questões climáticas, a exemplo do controle da poluição do ar que responde por 4,1 milhões de mortes por ano (dado de 2016).

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